Como parte da Ocupação Maria e Herbert Duschenes – que homenageia esse casal de educadores –, Janice Vieira e Andreia Nhur, mãe e filha, apresentam duas peças de autoria própria. Em LinhaGens, que acontece no sábado 4, a dupla recria A Morte do Cisne, numa versão autobiográfica. O espetáculo integra a Trilogia do Cisne, após Swan – Corpo Adaptado, de 2007, e O Cisne, Minha Mãe e Eu, de 2008.

O trabalho explora possíveis linhagens inscritas em dois corpos diferentes. A mãe, que construiu uma trajetória híbrida, edificada sobre a formação clássica, a dança moderna e diferentes experimentos, em encontro com a filha, que propõe outras afluências – daí se constrói uma reflexão sobre como uma informação pode permanecer e se transformar nos corpos da dança ao longo do tempo.

Já em Vis_à_Vis, que será apresentada no domingo 5, é proposta uma reflexão sobre o encontro de dois corpos com idades e movimentações diferentes. O título da peça vem de uma expressão francesa que significa “frente a frente”, e é exatamente isso o que acontece em cena: elas se encontram e colocam em conflito suas memórias, ideologias, sonhos e perspectivas de arte.

Cada personagem da obra emerge de contextos políticos e culturais diferentes. A mãe, de 74 anos, viveu e dançou de maneira engajada durante as décadas de 1960 e 1970 no Brasil; já a filha nasceu na década de 1980, quando o combate radical saía de cena para dar lugar ao radical chique.

LinhaGens
sábado 4 de junho de 2016
às 20h
[duração aproximada: 45 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 247 lugares

Entrada gratuita – ingressos distribuídos com meia hora de antecedência

[livre para todos os públicos]

Vis_à_Vis
domingo 5 de junho de 2016
às 19h
[duração aproximada: 45 minutos]
Sala Itaú Cultural (piso térreo) – 247 lugares

Entrada gratuita – ingressos distribuídos com meia hora de antecedência

[livre para todos os públicos]