Assucena traz o show “Minha voz e eu” ao palco do IC
onde: Itaú Cultural
Auditório Ibirapuera
Endereço
Avenida Pedro Álvares Cabral, 0, Parque do Ibirapuera – Portão 2, São Paulo/SP
Contatos e informações extras
11 3629 1075
O Coro da Escola do Auditório – composto de 20 alunos do curso de canto popular da Escola do Auditório – se apresenta no foyer da casa, sob regência de Daniel Reginato, em espetáculo que conta com a participação especial do Coral Unifesp, sob regência de seu maestro, Eduardo Fernandes.
Segundo Daniel, para essa apresentação o Coro da Escola do Auditório decidiu revisitar as tradições populares da dança que formam a base do ritmo brasileiro. “Nós pegamos, basicamente, o baião, o coco e o maracatu e utilizamos um pouco desse tipo de sonoridade, que é muito viva [...] para poder falar de um repertório que traga um pouco dessa tradição da música brasileira, já que a Escola do Auditório vai muito a fundo nessa pesquisa”, explica.
Na primeira parte do espetáculo, os integrantes do Coro da Escola do Auditório apresentam composições como “Janela do Dia”, “Alleluia” e “Timoneiro”. Durante a interpretação da ciranda “Moreno” acontece a transição entre os grupos vocais, e o Coral Unifesp passa a mostrar um repertório só de canções do músico e compositor Lenine. No final do evento, os dois coros se juntam para interpretar “Que Baque É Esse”, também do artista pernambucano.
“As músicas 'Janela do Dia' e 'Moreno', não à toa, iniciam e finalizam a apresentação do Coro da Escola do Auditório”, conta Daniel. “Ambas são de Renata Rosa, cantora e compositora que tem um trabalho riquíssimo de pesquisa de sonoridades que dialogam com as tradições populares da dança que norteamos no concerto”, diz o regente. “'Que Baque É Esse' resume a nossa busca por esse pulsar, essa coisa que contagia e que vem da dança.”
Há dez anos à frente do Coro da Escola do Auditório, Daniel conta que o convite feito para o Coral Unifesp se deu não só pela tradição que esse grupo tem de ser um coral cênico – e que se assemelha um pouco à linguagem que o coro vem pesquisando há um tempo –, mas também como forma de retribuição aos convites feitos para a participação em festivais, organizados pelo próprio grupo, que tinham como função difundir os trabalhos de destaque do meio coral paulistano. O regente destaca ainda que a ideia é mostrar um pouco do trabalho sólido no qual se espelham (o Coral Unifesp existe há mais de 30 anos).
“É também trazer para o público uma diversidade de linguagens”, diz Daniel. “Nós, de uma pesquisa focada na música brasileira; eles, de uma pesquisa de arranjos norteados por um compositor só, contemporâneo”, explica. “Uma sonoridade que tira 'esse ranço' de que coro sempre tem uma voz cheia, empostada [...] De que fazer música popular é apenas cantar aquela música [...] Ignorando aspectos expressivos que formam essa linguagem, tais como sonoridade, busca pelo suingue e ajustes de fraseados”, acrescenta o regente. “Existe um jeito de cantar [...] Que é bem característico da música popular e que difere um pouco dessa música de concerto para coro.”
A respeito do que o público pode esperar da apresentação, Daniel diz que “esse concerto é o encontro de dois grupos que buscam mergulhar na pesquisa dessa linguagem da música popular traduzida na execução e na adaptação coral”. E afirma ainda que é “um prato cheio para os amantes da música”.
A apresentação conta com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Repertório
“Janela do Dia” (Renata Rosa)
“Coco Alagoano” (Coco de Roda/domínio público)
Arranjo: Marcos Leite
“Rainha” (domínio público)
Arranjo: Déia Trancoso
“Alleluia” (canto indígena com arranjo e composição de Marlui Miranda)
“Água de Meninos” (Gilberto Gil)
Arranjo: Renato Spinosa
“Quem Tudo Quer Saber, Mexerico Quer Fazer” (Oswaldo Lacerda)
“Maracatu Alagoano” (domínio público)
Arranjo: Marcos Leite
“Loa de Maracatu Nação Estrela Brilhante” (domínio público)
“Timoneiro” (Paulinho da Viola)
Arranjo: Everton Dantas
“Moreno” (Renata Rosa e Bio Rocke)
“A Ponte” (Lenine)
Arranjo: André Protásio
“Do It” (Lenine/Ivan Santos)
Arranjo: André Protásio
“Tuaregue Nagô” (Lenine/Bráulio Tavares)
Arranjo: André Protásio
“A Lavadeira do Rio” (Lenine/Bráulio Tavares)
Arranjo: Marcelo Recsky
“Envergo Mas Não Quebro” (Lenine/Carlos Renó)
Arranjo: Daniel Reginato
“Jacksoul Brasileiro” (Lenine)
Arranjo: André Protásio
“Vivo” (Lenine/Carlos Renó)
Arranjo: Daniel Reginato
“Leão do Norte” (Lenine/Paulo César Pinheiro)
Arranjo: Zeca Rodrigues
“Que Baque É Esse” (Lenine/Bráulio Tavares)
Arranjo: André Protásio
Música No Foyer
domingo 15 de maio
às 17h
[duração aproximada: 60 minutos]
Entrada gratuita [a apresentação será no foyer do Auditório Ibirapuera]
[livre para todos os públicos]